6 cuidados que devem ser tomados no processo Spray-up

O Spray-up é um processo de fabricação muito benéfico. Isso porque, além de dar um bom acabamento a um dos lados da peça e assegurar a sua resistência, ele ainda possui um baixo custo de investimento – o que é bom para o caixa das empresas. Mas no decorrer das etapas de fabricação, é crucial que sejam tomados alguns cuidados para que a peça ou o molde não sejam danificados e a empreitada não seja um fracasso.

A seguir, mostraremos quais são esses cuidados. Descubra quais são eles:

1. A pistola laminadora deve estar devidamente calibrada no Spray-up

A pistola laminadora deve estar devidamente calibrada para ela poder aplicar as quantidades certas de resina e fibra de vidro no Spray-up. Essa calibração é bem simples.

Basta fazer um cálculo rápido, que leva em conta o peso da fibra e da resina, e fazer o ajuste da vazão pelas válvulas reguladoras da pistola. Esta calibração evita o desperdício de matérias-primas e aumenta a qualidade das peças finais.

2. A laminação precisa ser feita com a pistola distante do molde

O ideal é que o profissional realize a aplicação da mistura de resina e fibra de vidro no Spray-up com a pistola longe do molde para ‘ondas’ não serem formadas e a superfície ficar uniforme.

A distância, claro, depende do tipo de peça que está sendo fabricada. Mas, no geral, a distância mínima mantida é de sessenta centímetros. Ela pode ser aumentada para peças grandes e diminuída para pequenas.

3. As camadas precisam ser resfriadas no Spray-up

A laminação no Spray-up deve ser temporariamente suspensa quando é aplicada uma camada de até quatro milímetros de espessura. Isso porque o calor gerado pela reação pode afetar tanto o molde como a peça que está sendo fabricada.

Somente após o resfriamento desta camada é que a etapa de laminação é continuada. É importante lembrarmos que a espessura da camada varia, dependendo do tipo de peça, da fibra de vidro, da resina, etc.

4. A roletagem no Spray-up deve ser feita do centro da peça para as bordas

Um erro bastante comum é realizar a roletagem partindo das bordas e indo em direção ao centro. Isto faz com que as bolhas de ar geradas na etapa de laminação sejam transportadas para o centro da peça, o que reduzirá a sua qualidade final. O correto é fazer a roletagem do centro para as bordas, pois assim o rolo ‘expulsa’ as bolhas da peça. Este procedimento deve ser feito a cada passagem da pistola laminadora.

5. As rebarbas só podem ser eliminadas no estado intermediário de cura

As rebarbas só devem ser eliminadas quando a resina atingir o seu estado intermediário de cura. Isso porque, se ela não estiver dura o suficiente, o corte através de facas, tesouras ou outras ferramentas será dificultado. No caso dos acertos finais, eles só podem ser executados após a desmoldagem da peça. Estes acertos jamais devem ser realizados prematuramente, antes da peça estar suficiente curada.

6. A desmontagem precisa ser feita à temperatura ambiente

As peças jamais deve ser desmoldadas antes de estarem suficientemente curadas. Somente quando atingem o nível mínimo de cura é que elas devem ser desmoldadas, à temperatura ambiente. Isso porque, se a peça estiver quente e for desmoldada num ambiente frio, deformações e empenamentos certamente ocorrerão. Por isso, recomenda-se que a peça passe um tempo curando à temperatura ambiente.

Você conhece algum outro cuidado que deve ser tomado no processo Spray-up? Então aproveite para compartilhá-lo com a gente pelos comentários!

Peças de fibra de vidro: como funciona o reparo?

A fibra de vidro é um material considerado reforçado, que tem uma larga utilização nas mais diversas aplicações pela suas características, como alta resistência mecânica e alta resistência a corrosões, durabilidade e o fato de conservar as suas propriedades mecânicas ao longo do tempo. Além das suas propriedades, a sua relação de custo benefício é considerada excelente para as mais diversificadas aplicações, tanto industriais como de produtos para o usuário final.

Entretanto, os produtos fabricados pela indústria de fiberglass também são suscetíveis a quebras, riscos, arranhões e as mais variadas falhas que podem ocorrer no dia a dia durante a sua utilização. Um dos seus pontos fortes e que incentivam a sua utilização, é a capacidade de reparabilidade dos produtos feitos a partir da fibra de vidro, desde que tomados os devidos cuidados e precauções para que a reparação de peças de fibra de vidro seja de alta qualidade.

O processo de reparação de peças de fibra de vidro

A reparação de peças de fibra de vidro é um processo que mesmo sendo considerado simples, exige atenção e cuidado para qualquer pessoa que for fazer este tipo serviço. Antes de preparar a resina para aplicação nas peças de fibra de vidro, deve-se primeiramente preparar a própria peça, com a retirada de qualquer pedaço que esteja danificado ou até o desbaste correto do contorno da peça afim de facilitar a aderência para o novo material que será depositado.

O local também pode exigir algum tipo de acabamento melhor, como a aplicação de lixas finas (lixamento) para a finalização da retirada do material antigo e danificado para não afetar a nova resina que será depositada. Thinner ou acetona também podem ser necessários nesta etapa, vide o estado que se encontra a peça danificada que será reparada.

Após a preparação das peças de fibra de vidro, a atenção se volta para a resina em si que será aplicada. Aqui vale salientar que o endurecimento da resina é um fator importante que se deve levar em conta, pois a mesma pode se tornar viscosa, dificultando ou até impedindo o processo de laminação para a reparação das peças de fibra de vidro.

Feita a preparação da peça e da resina que será aplicada no processo de laminação, o profissional que irá realizar o serviço irá aplicar esta resina previamente preparada na área que foi afetada pela falha. É importante a pessoa que está realizando este serviço aplicar a resina afim de forçar a sua penetração na peça, tomando cuidado com as bolhas a partir dos movimentos verticais. A manta ou tecido é aplicado nesta etapa do processo, tomando o cuidado com a espessura da peça de fibra de vidro que está sendo reparada.

Cuidados após o processo de reparação de peças de fibra de vidro

Alguns cuidados devem ser enfatizados após o processo de laminação e reparação de peças de fibra de vidro. Como a indústria de fiberglass é uma indústria crescente e criativa, a atenção aos detalhes é muito importante durante qualquer trabalho utilizando este material.

Um ponto importante após o processo de reparação em si é o acabamento final na peça. Lixar o produto final afim de retirar qualquer tipo de imperfeição na superfície é muito importante para que o resultado final fique bastante semelhante ao estado que se encontrava antes da falha.

Verificar as curvaturas e detalhes da superfície da peça original são de extrema importância para qualidade do trabalho final, uma vez que a preservação destes detalhes a partir do processo de laminação feito para que houvesse a reparação das peças de fibra de vidro mantém a qualidade e o padrão da peça original no produto acabado.

O formato original das peças é o ponto principal de qualquer processo de reparação, portanto uma dica valiosa é moldar o formato com material resistente e que guarde estas características.

A fibra de vidro é um material que pode ser utilizado amplamente para o desenvolvimento das mais variadas peças e produtos. Além das características do material serem favoráveis a sua utilização, a sua reparabilidade é de grande importância, uma vez tomados os cuidados e seguidas as etapas do processo.

Para saber mais sobre como funciona o reparo de peças de fibra de vidro ou mais conteúdos relacionados a fibra de vidro e todo o seu universo, acompanhe nossos posts! 

Como preparar o molde para laminação?

O processo para a laminação da fibra de vidro é considerado uma das primeiras etapas para o aprendizado de um laminador ou construtor que utilize esse material no seu processo. A laminação é tratada como a base para o conhecimento de processos mais complexos utilizando a fibra de vidro, e um bom entendimento dos potenciais erros que podem ser cometidos com o molde para laminação é essencial a todos os que irão trabalhar com o material e o molde.

Quando se fala Fibra de Vidro, pode-se tanto referir a fibra quando ao compósito fibra de vidro. Alguns dos cuidados que devem ser tomados com o molde nesse processo são relacionados primeiro a cautela com impurezas e resíduos que se instalaram no molde quando feito o processo de laminação anterior, além de utilizar os produtos necessários para que o processo ocorra de forma satisfatória.

O molde para a laminação

Um consenso na fabricação de peças utilizando a fibra de vidro é que quase sempre o bom resultado da peça depende da qualidade do molde. Este, por sua vez, deve suas prioridades a utilização de um modelo que reproduz fielmente as dimensões originais da peça pretendida.

No molde para laminação irá acontecer a primeira etapa do processo para fabricação de uma peça. Primeiramente, antes de iniciar o processo de laminação de fato, deve-se preparar a forma. Para prepara a forma para, garantir que a mesma esteja em bom estado é essencial para uma peça de qualidade, uma vez que caso não se tome esses cuidados iniciais, mais horas serão gastas ao final com o acabamento da peça produzida e assim recursos de tempo e financeiros serão fastos desnecessariamente para a produção de uma peça de fibra de vidro.

Cuidados e preparação do molde para laminação

Após garantir a qualidade do polimento no molde, deve-se prepará-lo adequadamente para receber o material. A limpeza e a retirada de material restante do ultimo processo de fabricação é de extrema importância no molde para laminação.

Uma limpeza adequada, que remova todos os resíduos da laminação anterior é muito importante para qualidade geral da peça a ser produzida através daquele molde para laminação. Além da limpeza adequada do molde, a retirada de impurezas é um item que também deve ser levado em conta, uma vez que uma impureza pode comprometer todo um projeto, tanto nas características físicas quanto nas propriedades estruturais da peça produzida através do processo de laminação.

Após a preocupação com o molde para laminação em si, é importante deixar claro a etapa de aplicação do desmoldante.

O desmoldante é o que irá auxiliar o laminador na hora de retirar a peça do molde para laminação utilizado. Existem diversos tipos deste material, cada um com determinada característica e sendo utilizado em situações diferentes. Os mais comuns e que são mais utilizados são os do tipo de cera em pasta. Além dos desmoldantes de cera em pasta, temos também a utilização de desmoldantes líquidos do tipo semipermanente.

O que é importante salientar é que mesmo quando alguns desmoldantes prometam até 20 desmoldagens somente com as aplicações iniciais, é imprescindível ficar atento a flange, aplicando uma camada de desmoldante entre as etapas de desmoldagens.

Atenção somente ao molde?

Mesmo tendo todos estes cuidados com o molde para laminação, os próprios moldes se desgastam com o tempo. Um ponto que deve ser levado em consideração na manutenção desse molde é a sua utilização em local adequado, respeitando as normas e as instruções de utilização.

Mesmo assim, chegará um determinado limite de tempo de utilização deste molde e para a sua fabricação, necessita de um contra-molde. A qualidade deste contra-molde deve permitir a fabricação de um molde para laminação sem demandar um custo muito elevado para o cliente final.

Os cuidados com o molde para laminação são essenciais em todas as etapas do processo de produção de peças utilizando fibra de vidro. Conforme foi dito, a qualidade das peças é diretamente impactada pelo molde e a precaução e os cuidados necessários com essa peça são fundamentais para toda a empresa.

Para saber mais sobre preparação de moldes ou mais conteúdos relacionados a fibra de vidro e todo o seu universo, acompanhe nossos posts!