Resina poliéster: tudo o que você precisa saber

3 de maio de 2018

A resina poliéster é uma das principais matérias-primas utilizadas na indústria de Fiberglass. Além de ser fácil de manusear, ela possui um baixo custo e apresenta boas propriedades químicas e mecânicas. Em conjunto com as fibras de vidro, as resinas dão origem à peças resistentes, duráveis e de alta qualidade.

E devido à importância da resina, resolvemos mostrar, no post de hoje, tudo o que você precisa saber sobre ela. Confira:

Quais são os tipos de resina poliéster?

Antes de tudo, é importante lembrarmos que o que destaca a resina utilizada pela indústria Fiberglass de outros compósitos plásticos é fato dela ser ‘termofixa’. Isto significa que, após processada, ela não retorna mais ao seu estado líquido original e não pode, assim, ser mais utilizada. Hoje, a principal resina utilizada na fabricação de peças é a poliéster insaturada. No mercado, é possível encontrar resina poliéster dos seguintes tipos:

Ortoftálica: a mais comum e também a mais barata. Ela apresenta baixa resistência térmica, química e à hidrólise e é utilizada em aplicações gerais;

Tereftálica: possui uma resistência física um pouco superior à da ortoftálica. Porém, ela apresenta uma baixa resistência a raios UV (Ultravioleta) e amarela com facilidade;

Isoftálica: apresenta características térmicas, químicas e mecânicas melhores do que as resinas ortoftálica e tereftálica e dá uma maior resistência mecânica à peça;

Bisfenólica: possui resistências térmicas e química elevadas. Ela é utilizada principalmente em revestimentos anticorrosivos, em peças como tanques, tubos, conexões, etc;

Ester-vinílicas: apresenta uma maior resistência aos meios alcalinos e é utilizada na fabricação de peças que ficarão expostas a ambientes altamente agressivos.

Como a reação ocorre?

A resina poliéster insaturada se transforma do estado líquido para o sólido por meio de uma reação química popularmente conhecida como ‘cura’ ou ‘polimerização’. Esta reação é iniciada logo após a adição de aceleradores, catalisadores e aditivos que servem para acelerar a cura da resina. Após certo período, a resina líquida se transforma num material gelatinoso, que não pode ser mais manuseado.

Depois disso, ocorre o processo de endurecimento da resina, que dissipa uma grande quantidade de calor – processo conhecido como ‘exotermia’. É importante lembrarmos que a velocidade de reação da resina poliéster depende de uma série de fatores, como a sua reatividade, o teor de acelerador e de catalisador adicionado, o tipo de fibra utilizado e as condições do ambiente em que a peça está sendo fabricada.

Como escolher a resina ideal?

Como dissemos anteriormente, a resina poliéster é a mais utilizada hoje na indústria de Fiberglass. Isso acontece porque ela é versátil, apresenta uma considerável gama de propriedades e características específicas, é fácil de manusear e possui um baixo custo. Embora todos os tipos de resina apresentem benefícios, eles jamais devem ser escolhidos aleatoriamente na hora da fabricação.

Isso porque a escolha do tipo de resina depende do tipo de peça que está será fabricada e de uma série de outros fatores, como a resistência química, térmica e mecânica que a sua superfície deverá ter. Também é importante se atentar à viscosidade (facilidade de impregnação nas fibras de vidro) e à tixotropia (capacidade de não escorrer em superfícies verticais ou inclinadas) da resina, pois esses elementos afetarão o processo de fabricação.

Ficou com alguma dúvida sobre a resina poliéster? Então, escreva ela nos comentários para que possamos lhe ajudar!

 

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