No processo de fabricação de peças, as fibras são usadas para dar estruturação mecânica à matriz plástica. Além de proporcionarem estabilidade dimensional, elas também dão resistências químicas, térmicas e mecânicas.
No mercado, existem diversos tipos de fibras. As mais utilizadas são as de aramida, carbono e vidro.
Neste post, falaremos sobre as características de cada uma dessas fibras, para que você possa decidir qual a mais adequada para o seu projeto.
A aramida é um dos tipos de fibras altamente resistente ao impacto e à abrasão (desgaste por fricção). Porém, se comparada às demais fibras, ela apresenta um desempenho inferior quanto à compressão e absorve muita umidade. Veja outras características de fibra de aramida:
Além de servir como reforço de peças, a fibra de aramida também é utilizada em coletes a prova de balas, blindagens e jaquetas térmicas.
A fibra de carbono é um dos tipos de fibras que proporciona alta rigidez às peças. E é justamente por causa de sua alta rigidez e resistência mecânica que ela é muito utilizada nas indústrias náutica, automobilística e aeroespacial.
Na indústria aeroespacial, a fibra de carbono começou a ser usada em 1967, na fabricação de equipamentos espaciais.
Mas a sua massa por unidade de comprimento é muito alta, o que a torna muito pesada em comparação com as outras fibras. Seguem outras características da fibra de carbono:
A fibra de carbono também é bastante utilizada na fabricação de artigos esportivos, como varas de pesca, tacos de golfe e raquetes de tênis.
Em comparação com os outros tipos, a fibra de vidro é a que apresenta maior resistência à tensão e menor massa por unidade de comprimento. Ela possibilita a fabricação de peças leves e altamente resistentes. Veja outras características dessa fibra:
As fibras de vidro podem ser encontradas no mercado de várias formas (roving, manta e tecido) e gramaturas (50 g/m² a 1500 g/m²) diferentes. A escolha entre uma e outra dependerá do processo de fabricação adotado e também das características que a peça que será fabricada deverá ter.
É importante lembrarmos que cada tipo de fibra requer manuseio e cuidado diferentes. Ao não seguirem as recomendações, os profissionais responsáveis pela fabricação das peças não conseguirão fazer as fibras atingirem suas propriedades físicas, químicas e mecânicas.
Também é preciso se atentar aos outros tipos de matérias-primas (resinas, aditivos, Gel Coats, etc) que cada tipo de fibra aceita.
Em determinados casos, dois ou três tipos de fibra podem ser utilizados numa mesma peça. Isso permite o aproveitamento das melhores propriedades de cada uma.